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Imagem Divulgação |
Segundo especialista Lucas Pena, CEO da Pact Insights, baixa adesão a acordos desperdiça potencial de economia para empresas e agilidade para a Justiça
Fortaleza, junho de 2025 - Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região (TRT-7), com sede em Fortaleza, do total de 116.558 entradas de processos trabalhistas em 2024, apenas 7.825 audiências conciliatórias foram realizadas. Esse número representa um índice conciliatório de 19,3%, abaixo do nacional (21,8%). Para o especialista Lucas Pena, CEO da Pact Insights, legaltech especializada em passivos trabalhistas, o número evidencia o desafio em consolidar uma cultura de acordos, mesmo diante do potencial de economia para empresas e da celeridade para o Judiciário.
"Falta estratégia e visão financeira no trato com ações trabalhistas. Há uma clara predisposição das partes em buscar acordos. O que ainda falta são parâmetros objetivos que façam as expectativas convergirem de forma viável para ambos os lados. Também é preciso reconhecer o esforço da Justiça do Trabalho e dos CEJUSCs em montar essas mesas de negociação e catalisar soluções definitivas para empregadores e ex-empregados. A cultura de conciliação precisa deixar de ser exceção para se tornar regra, e isso começa por dados, tecnologia e vontade de mudar", afirma o executivo.
Entre os dias 26 a 30 de maio de 2025 aconteceu a Semana Nacional da Conciliação Trabalhista, uma mobilização nacional da Justiça do Trabalho para estimular acordos e reduzir a judicialização de conflitos. Considerando apenas os dados do Ceará no período, foram realizadas 1.821 audiências, com a atuação de 210 magistrados e atendimento a 7.938 pessoas. Ao todo, 677 processos foram conciliados, resultando em R$ 18.178.682,33 em valores negociados.
Apesar do avanço local, o resultado ainda representa uma fração modesta frente ao desempenho nacional: no mesmo período, a Semana da Conciliação movimentou cerca de R$ 2 bilhões em todo o país, segundo o CSJT. A comparação reforça o argumento de que o Ceará tem espaço para evoluir na consolidação de acordos — uma oportunidade latente tanto para a redução de passivos empresariais quanto para o alívio da máquina judiciária.
Para Lucas Pena, os dados de Fortaleza refletem uma tendência nacional de baixa efetividade na conciliação de passivos trabalhistas. "Temos uma justiça mais digital, mais segura e um cenário empresarial cada vez mais sensível a boas práticas de ESG. Isso exige uma mudança de mentalidade. O que estamos propondo é simples: que as empresas troquem litígio por governança, custo por oportunidade, incerteza por economia", conclui o CEO da Pact.
Sobre o Grupo Pact Insights – A organização tem origem em 2018 com a criação da startup Pact, uma legaltch de passivo judicial corporativo. Com uma abordagem que une diagnóstico financeiro, compliance e negociação especializada, a empresa chegou a negociar mais de 2 mil acordos nos últimos três anos com mais de 700 advogados adversos, totalizando um risco transacionado superior a R$ 1 bilhão. Entre seus clientes estão Magazine Luiza, Votorantim, CVC, Raízen, iFood e MachadoMeyer. Junto à Legal Insights, a startup fundou em 2023 o Grupo Pact Insights, com serviços complementares para o setor jurídico das empresas. O Grupo faturou R$ 13,5 milhões em 2024 e projeta um faturamento de R$ 20 milhões para 2025. Saiba mais em: www.pactbr.com.
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