sábado, 1 de julho de 2023

Jean Charles-Naouri, dono do Grupo Casino, planeja vender participações do GPA e Éxito para reduzir dívidas na França

Pedro Paulo Morales para a Gazeta de Negócios 

Entrada de uma das lojas do Pão de Açúcar. Foto Wikipédia

O empresário Jean Charles-Naouri, conhecido por suas estratégias financeiras, uma delas foi ter se tornado presidente em 2012 do GPA Grupo Pão de Açucar comandado até então pelo empresário Abilio Diniz está planejando vender participações das varejistas GPA e Éxito para reduzir as dívidas do Grupo Casino na França no valor de 4 bilhões de euros com vencimento até 2025.

Em 2019 o GPA já havia vendido todas as ações que detinha na Via Varejo, empresa constituída em 2019 pela fusão das Casas Bahia e Ponto Frio. A compra foi feita pelo veterano do varejo brasileiro Michael Klein e sua família que reassumiu a empresa fundada por seu pai.

O processo de venda dos ativos brasileiros continuou em 2020, quando o Casino separou o Assaí do GPA, obtendo um valor multiplicado de seus ativos.

Em outubro de 2021 o Grupo Pão de Açúcar (GPA) fechou a venda de 71 pontos comerciais da bandeira Extra Hiper para o Assaí e deixou de operar o modelo de hipermercado no Brasil.

Em 2022, a venda da participação na rede de atacarejo Assaí e a separação do Éxito foram iniciadas. 

Nesta semana o grupo francês Casino levantou R$ 2,11 bilhões na operação de blocktrade, uma operação realizada na bolsa de valores que também é conhecida como leilão de ações ou venda em bloco de sua fatia de 11,7% do Assaí deixando assim a participação na empresa. 

Com os negócios finalizados, o Casino planeja agora vender a participação da (holding) no Éxito no mercado de ações, seguindo os moldes da transação com o Assaí.

Apesar da estratégia, alguns especialistas do setor avaliam que os movimentos de Naouri podem ser falhos e arriscados, podendo envolver renúncias para não perder o controle da companhia em uma oferta hostil, quando a aquisição da empresa é feita pela compra de uma companhia com ações listadas na bolsa de valores por outra companhia ou por um grande investidor. Como o nome diz, ela é feita sem o consentimento da diretoria atuante na empresa-alvo.

O GPA, dono do Pão de Açúcar, rejeitou também nesta semana a oferta do banqueiro colombiano Jaime Gilinski de R$ US$ 836 milhões cerca de R$ 4 bilhões por sua fatia na varejista colombiana Almacenes Éxito, alegando que o preço oferecido não atende aos requisitos de razoabilidade financeira.

A transação para a segregação dos negócios do GPA e do Éxito continua em evolução, pendente de questões burocráticas e aprovações regulatórias das autoridades colombianas para sua conclusão, segundo a empresa.

Com informações do Estadão, Valor Economico e G1.

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